A VOZ NECESSÁRIA NA CÂMARA
A GUARDA PRECISA, A CDU MERECE!
Declaração de Honorato Robalo
Cabeça de Lista da CDU à Câmara Municipal da Guarda
O projecto da CDU assenta em pressupostos de verdade, honestidade e na intervenção, sem tibiezas, na defesa intransigente dos interesses dos munícipes e do Concelho da Guarda.
Decidi aceitar o desafio de liderar este projecto, democrático e colectivo, porque urge mudar de rumo quanto às políticas de gestão autárquica do município. Essas políticas, assentes em orientações e decisões tomadas desde 1976 pelo PS, levaram o município a uma situação de quase ruptura financeira, sem que os problemas básicos da população estejam satisfeitos, como o abastecimento de água e o saneamento.
A gestão PS, as suas erradas políticas contaram sempre com a conivência do PSD quanto às principais decisões, seja com o voto concordante ou a conveniente abstenção, seguida de convenientes declarações públicas a mostrar “oposição”, uma forma de disfarçar a evidência de um executivo bicolor, responsável pela situação de impasse a que chegou o município.
A alienação do património público municipal e intermunicipal, ou as concessões de serviços a terceiros, é contrária aos interesses do município e ainda mais aos utentes. Somos contrários às privatizações e concessões, ou outra forma jurídica que tenha o mesmo fim, porque delapida o património público e recai pesadamente nos bolsos dos utentes e contribuintes.
A inércia da gestão deste executivo, dito socialista, não se pode desculpar com ninguém, nem com a oposição não deixou trabalhar, nem com o governo, nem com a falta de meios ou poder de decisão.
A folgada maioria absoluta que desde há vários anos acolhe (e desperdiça), sem o correspondente empenhamento a que deveria estar obrigado por esta confiança repetida, permitiria fazer uma gestão sem pausas, abrandamentos, ou hiatos de actividade.
O PS e seus eleitos, também não podem argumentar com a oposição do poder central, já que a maioria absoluta do PS no governo e na Assembleia da República, retira qualquer hipótese de desculpa para a sua inércia, a sua falta de capacidade para concretizar os projectos anunciados, para o desnorte, para a ausência de perspectivas de desenvolvimento para o Concelho da Guarda.
Os malefícios desta maioria, dita socialista, tiveram consequências no agravamento do custo de vida dos Guardenses, com o aumento escandaloso do custo da Água, Resíduos Sólidos, Serviços Municipais, e da carga fiscal com o recurso a taxas máximas, como o IMI, seguindo os maus exemplos do Governo/PS também de maioria absoluta, que sobrecarrega de impostos o povo português.
A gestão PS, não fez nenhuma obra de vulto, que tanto prometeram em ano eleitoral, bem como, a requalificação dos espaços físicos para proporcionar melhores condições aos trabalhadores do município. Adiou as alterações ao PDM, com consequências negativas para a requalificação do centro histórico; a rede viária intra-concelhia está degradada e mantém muitas insuficiências. Os apoios financeiros às freguesias são paupérrimos e feitos sem critérios de igualdade e justiça, onde, por vezes, se verifica a discriminação para Freguesias e aldeias que não são da cor política da Câmara. As aldeias, vítimas de discriminação nos investimentos e na criminosa política de encerramento das escolas do 1.º Ciclo, paulatinamente vão-se esvaziando das crianças e dos mais jovens, e por vezes dos pais que são forçados a mudar de residência para não deixarem os filhos ao “Deus dará”.
Alienaram património municipal sem acautelar as consequências, a médio e longo prazo, com a anunciada privatização das AZCôa. A alienação do edifício do Hotel de Turismo em perspectiva, ou um investimento colossal para um fim nebuloso, onde estará subjacente um negócio ruinoso para o município, são alguns exemplos da ineficácia política do executivo municipal liderado por Joaquim Valente e da responsabilidade do PS.
A candidatura da CDU, a minha intervenção futura, é sustentada na experiência de participação activa no seio da Assembleia Municipal da Guarda, onde as criticas foram acompanhadas de propostas construtivas, a maioria delas chumbadas pela maioria absoluta que o PS detém no órgão, guiado por posições sectários e de marginalização da CDU.
Por tudo o que foi dito, o fracasso da gestão do PS e a ausência de uma prática política realmente alternativa por parte do PSD que se comportou como cúmplice da gestão dita socialista, a candidatura da CDU assume a ruptura esta gestão paralisante e contrária aos interesses dos munícipes e do Concelho. Eleger vereadores da CDU para a Câmara Municipal, e mais Deputados municipais, constituirá o elemento novo e determinante para alcançar:
1. A criação de um efectivo espaço de debate e decisão política, assente na participação democrática dos munícipes para a gestão autárquica municipal mais acertada;
2. A promoção da gestão mais participativa das diversas estruturas da Câmara assente na co-responsabilização dos trabalhadores do município;
3. O fim do caminho de alienação do património municipal, privilegiando o interesse privado em detrimento do erário público e do serviço público devido aos utentes;
4. O Planeamento, direccionado para alcançar o desenvolvimento integrado do concelho, guiado por objectivos estratégicos bem definidos e com efectiva participação popular.
Tenho a convicção de que Guarda conseguirá sair deste ciclo vicioso de interesses de uma minoria, vai ser capaz de prosseguir um outro projecto, um projecto participativo, mais plural, enfrentando e vencendo as novas adversidades e ameaças criadas por esta dupla maioria PS, no município e no governo do País.
O caminho do Progresso e do Desenvolvimento tem que contar com a atitude empreendedora de cada munícipe, mas, para tal, tem de haver sólidos alicerces de acção política no executivo municipal da Guarda, que contará com os trabalhadores e com as populações, por isso não devemos temer o futuro.
Temos vivido, nos últimos trinta e três anos, com as consequências de opções erradas da governação dita socialista. É altura, de um novo tempo de construção e luta. Nos trinta e cinco anos de Liberdade e Democracia, que comemorámos em 2009, importa que no poder local na Guarda se iniciem novos caminhos e formas novas de trabalhar, pondo os interesses da população no centro das preocupações e da actividade autárquica.
Para isso contamos com os trabalhadores, com a população em geral, para que seja tomado um novo rumo para o Concelho da Guarda, alcançando novas conquistas, com elas e a partir delas. Novos desafios são possíveis de enfrentar e vencer no futuro próximo.
Guarda, 18 de Maio de 2009.
Honorato Robalo
A VOZ NECESSÁRIA NA CÂMARA
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