Este espaço tem como única pretensão a divulgação dos valores assentes numa sociedade livre de exploração, principalmente o fim da exploração do Homem pelo Homem.
Resposta ao Ministro da Saúde Paulo Macedo
sexta-feira, 11 de abril de 2008
TOMADA DE POSSE DA DIRECÇÃO REGIONAL DA BEIRA ALTA DO SEP
terça-feira, 8 de abril de 2008
DEFESA DO SNS!
defesa do
Serviço Nacional de Saúde
Desde a sua promulgação em 1979, o Serviço Nacional de Saúde foi sistematicamente atacado e desacreditado (por aqueles que desde o inicio se opuseram à sua criação)e alvo de uma estratégia que se mantém com o objectivo de impedir a articulação e exploração das suas potencialidades.
Apesar de todos os ataques a que foi sujeito, o SNS foi considerado como o 12º melhor do mundo, de acordo com os níveis de desempenho.
Uma estratégia de desacreditação do SNS, suportada na desresponsabilização crescente do Estado e na abertura ao sector privado.
Apesar do empenhamento de muitos profissionais na defesa do serviço público de saúde, hoje, fruto do subfinanciamento crónico a que tem sido sujeito, do crescimento da promiscuidade entre o público e o privado, da falta de profissionais, da privatização de serviços, da política de encerramento de serviços e dos compromissos dos sucessivos governos com os grandes grupos privados da saúde, o SNS hoje está fragilizado:
-Em pleno século XXI continuam a morrer portugueses por falta de assistência médica;
-Mais de 750.000 portugueses não têm médico de família;
-Mais de 200.000 esperam por uma cirurgia. Entretanto muitos blocos operatórios dos Hospitais estão devolutos durante períodos do dia em que podiam funcionar.
A saúde está cada vez mais cara:
Hoje os portugueses pagam do seu bolso, para além do que já pagam nos seus impostos, cerca de 30% do total das despesas com a saúde. Portugal é um dos países da OCDE onde a comparticipação do Estado na despesa total da saúde é mais baixa.
Em 2007, ano em que a variação do índice de preços ao consumidor foi de 2,5%, na saúde a variação do índice foi de 7,4%.
Diz o Primeiro-Ministro que as taxas são para moderar o acesso. O que ele não diz é que a esmagadora maioria das 396 taxas moderadoras, são aplicadas em resultado de decisão clínica exclusiva do médico, e não do utente.
Entretanto a qualidade dos serviços vai-se degradando, como é bem visível em muitos serviços de urgência.
Ao contrário do que o Governo tem afirmado Portugal não é dos países que mais gasta em saúde:
-Em 2006 Portugal encontrava-se no 16º lugar abaixo da média europeia,
com uma despesa “per capita” de metade da Alemanha;
-Entre 1970 e 2003, portanto num período de 33 anos, as despesas com a saúde em dólares PPC (Paridades de Poder de Compra) aumentaram por habitante em Portugal 1.764 dólares, enquanto cresceram na Dinamarca 2.368 dólares, na Alemanha 2.762 dólares.
O que o Governo não diz é que o aumento da despesa do SNS deve-se em primeiro lugar ao aumento da despesa com subcontratos com privados e a uma política de compromissos com os interesses dos grandes grupos privados dominantes na produção e distribuição de produtos farmacêuticos.
Os serviços de proximidade são condição essencial para garantir o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde.
O encerramento de serviços de proximidade – SAP, urgências hospitalares e Maternidades – vai dificultar ainda mais o acesso aos serviços de saúde e abre espaço à entrada da iniciativa privada. Hoje mais de 25% da totalidade dos serviços de saúde estão nas mãos da iniciativa privada.
Ao mesmo tempo que encerram serviços públicos surgem novos equipamentos privados que se vão consolidando como alternativo ao SNS. Uma alternativa que é de pior qualidade e mais cara para o utente e para o Estado.
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